É bom pensar e é uma coisa que faço muito e ás vezes até mais do que devia.
Estamos cá, temos um caminho e por vezes dou por mim a pensar no significado de tudo, ás vezes parece-me tudo tão material, tão igual. Ás vezes parece que todos temos vidas idênticas onde só mudam os nomes, as profissões e as contas bancárias.
Quantos de nós olham para dentro de si? quantos de nós são quem verdadeiramente querem ser? não sei, mas imagino que uma grande parte do mundo não tenha a vida que gostava de ter, e não falo apenas de bens materiais, dinheiro, casas, carros porque isso não leva á verdadeira felicidade, pelo menos no limite, pode levar a uma boa sensação mas passa, como tudo, é efémero. Falo de fazer aquilo que se quer, sem medo de julgamentos, sem se importar com a sociedade. Existem convenções e claro que nós como bons cidadãos respeitamos as regras, vivemos, trabalhamos, pagamos as contas e levamos a nossa vida sem chatear ninguém. Quantos advogados existem por aí que no fundo queriam era ser cozinheiros, ou professoras que queriam era ser escritoras ou bailarinas. Quantas mães e pais existem por esse mundo que queriam era andar pelo mundo sem terem responsabilidades, mas que a sociedade os levou a namorar, casar, ter filhos. Quantos homosexuais casam e constroem familia com medo de se assumirem de darem o grito e soltarem as amarras!
Claro está que são escolhas, mas muitas delas limitadas, limitadas pela educação, pelo certo e errado, pelo bem e o mal, belo que é melhor para nós.
Eu posso dizer que fiz as minhas escolhas e sou feliz, só de uma me arrependo, que foi não ter seguido o meu sonho, não ter estudado teatro e fazer disso a minha vida, mas nunca é tarde, nunca é tarde para fazermos o que a nossa alma verdadeiramente anseia, para sermos verdadeiramente felizes!
Vamos ensinar os nossos filhos a escolherem em liberdade, a procurarem o lhes enche a alma, o que lhes faz ser verdadeiramente livres e plenos. Isso começa em nós, se eles virem que somos felizes, realizados vão querer o mesmo para eles. Por isso vá lá, pensem no que sempre quiseram mas ainda não fizeram e apostem nisso. É o que estou a fazer! e vou conseguir porque acredito e sei que a minha filha se vai orgulhar de ter uma mãe que faz o que gosta, que é feliz!